Em voos curtos,
de até duas horas, o que você come antes de embarcar ou o que coloca na bandeja
do avião não faz muita diferença. No entanto, quando a viagem dura o dia
todo, ou vira a noite, o desconforto é inevitável e pode piorar (muito) se você
se alimentar de forma errada. Um sintoma comum é ter incômodo abdominal,
pois os gases do sistema digestivo acabam se expandindo em grandes altitudes.
Para evitar
isso, o melhor é não comer nada que fermente, seja dentro do avião ou
até um dia antes da viagem. “Feijões, batatas, ovos, repolho, pepino,
brócolis, nabo e melancia contêm carboidratos que
não são absorvidos facilmente
e que podem gerar incômodo gastrointestinal”, explica a nutricionista Letícia
Mendes. A frutose (o açúcar presente nas frutas) em alta concentração nos sucos
naturais, por exemplo, também aumenta a produção de gases.Leite, iogurte e
queijo, da mesma forma, precisam ser consumidos com moderação, principalmente
por quem tem deficiência da enzima que digere a lactose. Nessas pessoas, os
alimentos causam flatulência e diarreia, quadro pouco confortável para o dia a
dia e pior ainda quando se está trancafiado em um avião. “Carnes gordurosas e
preparações condimentadas necessitam de mais tempo no estômago para serem
digeridas e podem causar fadiga, irritação, insônia e enjoo”, completa a
nutricionista.
Uma intoxicação
alimentar também pode arruinar a viagem. Então, pelo menos uma semana antes de
embarcar, é prudente redobrar a atenção com peixes crus, saladas e frutas que
você não saiba exatamente como foram higienizadas. “No período pré-viagem,
evite dietas restritivas, porque elas podem adoecer o organismo”, afirma a
nutricionista Roseli Ueno Ninomiya.
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