O Rio de Janeiro vive um momento particular e, ao
mesmo tempo, ambíguo. Impulsionado pelos grandes eventos, tivemos a
oportunidade de nos reposicionar no cenário turístico mundial e nos reinventar
em tempo recorde, incluindo infraestrutura de transportes, revitalização
cultural, serviços e hotelaria, destaca Alfredo Lopes- Presidente da Associação
Brasileira da Indústria de Hotéis do Rio de Janeiro (ABIH-RJ). Em um cenário de
prosperidade econômica e otimismo, a oportunidade de receber em casa a
dobradinha Copa Mundo e Olimpíadas em um espaço tão curto de tempo foi
determinante para um volume concentrado de investimentos da ordem de dez
bilhões de reais, que duplicou a oferta de leitos na cidade de 30 para 60 mil
quartos. Eis que chegamos às vésperas de 2017 com uma realidade totalmente
diferente. Instabilidade política, crise econômica, pessimismo e 30 mil novos
quartos somados ao nosso parque hoteleiro trazem o caráter de urgência a
questões antes em banho maria, como a flexibilização dos vistos, a instalação
de um centro de convenções na Zona Sul, o reforço da malha aérea e,
especialmente, a consolidação de um calendário de eventos.
O momento é único para captação de eventos
A cidade ganhou uma imensa visibilidade internacional.
Mas o Rio de Janeiro compete com os principais destinos dos cinco continentes
para ganhar espaço nas grandes operadoras internacionais. Esse trabalho, tanto
quanto o fortalecimento da imagem do destino Rio no exterior, são fundamentais
e precisam ser implementados agora, associado a campanhas promocionais bem
planejadas e bem dirigidas aos mercados e segmentos com maior potencial de
retorno. Países antes secundários, como China, Japão, Coreia do Sul e mercados
árabes, podem e devem entrar na nossa lista de prioridades. O risco de
superoferta hoteleira é real e não podemos ficar de braços cruzados. As
providências estão ao nosso alcance e seguem a pleno vapor. É hora de
consolidar o Rio de Janeiro como a capital mais bem preparada da América do Sul
para receber diversos negócios e sediar eventos de diferentes portes e perfis. Só
assim poderemos comemorar o legado de forma equilibrada e sustentável.
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