Há muito tempo turistas quando saem do Brasil para viajar para o exterior, especialmente se essa for sua primeira viagem internacional- tem muitas dúvidas e, a maior delas é a moeda a ser utilizada. Diante das oscilações do dólar, os viajantes andam mais esperançosos, mas ainda muito temerosos de tomar prejuízo na hora de comprar moeda estrangeira. Já o Euro apresenta menos oscilações. Para se proteger das variações cambiais, os economistas aconselham a compra da moeda de tempos em tempos, o que, no final das contas, proporciona ao turista uma cotação média – nem a pior, nem a melhor. Também é consenso de que não se deve levar todo o dinheiro da viagem em espécie, por questões de segurança. Para não ficar à mercê das cédulas, balanceie as formas de pagamento no destino entre grana viva e os cartões de crédito e débito, que têm IOF mais alto (6,38%), mas são mais seguros.
Antes de seguir essas regras, porém, você precisa saber QUE moeda levar.
► Para os Estados Unidos, os países da Zona do Euro e a Inglaterra, é simples: dólar nos States, euro no Velho Mundo e libra na terra da rainha – ou seja, as moedas locais.Levar reais para destinos como esses, com moeda forte, é um erro. Se o nosso dinheiro está valendo pouco aqui, imagine lá!
► Também não vale a pena, por exemplo, adquirir dólar para ir à Inglaterra nem euro para os EUA, já que você terá de fazer a compra aqui, perdendo um pouco na transação, e realizar uma troca lá, tomando outra mordida.
► Essa situação só é aconselhada para quem já tiver o numerário de uma moeda forte em casa e necessitará fazer apenas um câmbio, no destino.
► No entanto, em lugares em que a moeda corrente não é forte, a resposta não é tão óbvia.
► Numa espécie de círculo vicioso, essas moedas fracas acabam tendo menos procura e, por conseguinte, menos oferta, aumentando a margem de ganho das poucas operadoras que trabalham com elas.
“No caso dessas moedas não conversíveis, ou seja, que não têm livre trânsito internacional, a diferença entre o valor que a casa de câmbio paga e aquele pela qual ela vende é muito maior do que entre a taxa de compra e venda de uma moeda forte, como o dólar”, explica o economista Newton Machado, coautor do livro Passaporte para Viajar Mais.
► Um exemplo é o peso colombiano, negociado por poucas casas de câmbio brasileiras. Quem compra essa moeda aqui, com reais, acaba pagando até 20% mais do que pagaria se comprasse dólares no Brasil e os trocasse por pesos na Colômbia.
► Muitas vezes, portanto, comprar dólar e fazer dois câmbios, contrariando o senso comum, é o melhor negócio.
► Basicamente, a regra é válida para Bolívia, México, Peru e praticamente qualquer país com moeda fraca onde não há procura por reais, como aqueles do Sudeste Asiático (Tailândia, Indonésia, etc), da África Subsaariana (todo o centro-sul do continente) e da América Central.
► É o caso de Cuba, onde o dólar americano é taxado em pelo menos 10% na conversão para o CUC, o que não acontece com o euro. Se você vai para Cuba, o melhor é trocar o real por euro antes de chegar lá, porque a taxa de conversão para o CUC é menor.
► Apesar de o dólar manter a primazia de moeda internacional, há exceções à regra: por questões políticas ou geográficas, em certos países a conversão é mais vantajosa com euros do que com dólares.
► Também vale mais a pena viajar com euros do que dólares para destinos do Leste Europeu, como Hungria, República Tcheca e Polônia, e do norte da África.
► Já em Bogotá, Buenos Aires, Santiago e Montevidéu, destinos vizinhos onde há mercado para a moeda brasileira, pode compensar viajar com reais e trocar só na chegada.
► Mas fique atento: em cidades menores desses países, ainda que seja possível vender reais, a cotação costuma não ser vantajosa, então faça o câmbio nas capitais mencionadas ou leve dólares.
► E para não ficar refém de levantamentos do que é melhor ou não levar, aprenda a fazer as contas.
Compare, por exemplo, a quantia que R$ 1.000 compram:
Da moeda do seu destino aqui no Brasil
O quanto você conseguiria se trocasse os R$ 1.000 só no destino
E, ainda, o montante de dólares que você obteria pelos mesmos R$ 1.000 no Brasil, e o valor em moeda local que lhe pagariam por esses dólares na viagem
► Para saber as cotações no destino, consulte, por email e na semana da viagem, as casas de câmbio locais (mas fuja daquelas de aeroporto, quase sempre mais caras).
► Mesmo que a cotação do dia da viagem não seja a mesma, a tendência do que vale ou não a pena fazer acaba se repetindo num intervalo tão curto de dias.
► Se a diferença entre as cotações for ínfima, prefira levar a moeda local, para não ter trabalho no destino, depois o dólar, sempre uma moeda forte, e, por último, o real.
► Compare quanto R$ 100 compram em moeda estrangeira em São Paulo; no destino escolhido para a sua viagem; ou quando trocados por dólares no Brasil, depois, pela moeda local na viagem
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