segunda-feira, 1 de abril de 2019
Presidente da Gol comenta sua posição sobre o Boeing 737 MAX
Na última quarta-feira (27), a Boeing anunciou uma atualização do software de controle de voo utilizado no Boeing 737 MAX, que teve suas operações suspensas em todo mundo. O pronunciamento oficial da fabricante trouxe consigo a expectativa por uma previsão da retomada das operações do modelo em todo o mundo. O grande desafio, a partir de agora, é conquistar a certificação e a liberação por parte das agências reguladoras.
Maior operadora do modelo no Brasil, a Gol acompanha com cautela o processo e destaca a transparência adotada pela Boeing durante o processo de investigação dos acidentes com os voos da Lion Air e Ethiopian Airlines. O presidente da companhia, Paulo Kakinoff, destaca que a atualização deve trazer camadas de segurança ainda maiores ao Sistema de Aumento de Características de Manobra (MCAS, na sigla em inglês) e que o esforço da Boeing a partir de agora deve ser centrado no treinamento das tripulações.
“Temos que aguardar a evolução do processo de investigação dos dois acidentes, mas baseados nos relatórios preliminares que tivemos acesso, fornecidos pela própria Boeing, que está liderando este processo com total transparência, sabemos que esforços serão feitos. Um deles é o esforço adicional de treinamento para as tripulações sobre o funcionamento desta nova atualização, para que não possa ser equivocadamente interpretado. É uma atualização que adiciona camadas de segurança ainda mais efetivas para o uso do software, que já é um sistema de segurança”, explicou Kakinoff.
A Gol destaca que por se tratar de um processo delicado, é impossível fazer uma previsão sobre a retomada dos voos. “Isso evidentemente nos impede de fazer uma projeção, porque o trabalho também está na mão das unidades reguladoras do mundo inteiro. A própria Anac não só faz parte deste grupo, como também é uma das protagonistas, por ser uma agência reguladora dentre poucas com a experiência de certificação de aeronaves”. O executivo mostra otimismo sobre a resolução do problema e reforça a segurança do MAX. “Operamos este avião por 12.400 horas. É um trabalho de todos para que os aprimoramentos sejam feitos”, completa.
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